terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Mãmã...até já! Prometes?

Bem...hoje de tarde deixei a minha mãe no Hospital para fazer uma cirurgia! Mas acho que não deixe só lá a minha mãe. Deixei algo de mim!
Nestes últimos dias não falei com ela muito sobre a cirurgia! Mais, não queria que estivessem sempre a lembrarem-lhe nomeadamente dos perigos, do periodo de recuperação que pode ser doloroso! Dizia eu que ela já é suficientemente preocupada para ainda lhe estarem a dizer aquilo agora. Ainda por cima porque é algo que ela tem de fazer.
Ao fazer a viagem de regresso apercebi-me de algo mais. Apercebi-me que eu é que não queria ouvir exemplos ou previsões mais ou menos fundamentadas de complicações. Hoje percebo que o meu optimismo exarcebado foi mais uma das minhas cortinas!
A verdade é que no fim do meu jantar, de ter arrumado a cozinha...não te vi deitada no sofá...sei que não verás o quanto a cozinha está arrumadinha...não irás deitar comida ao Maik...não me irás dizer: "Não venhas tarde!".
Procurei não te olhar nos olhos para não veres a minha preocupação! Mas hoje ao me despedir apeteceu-me nem sei bem o quê!!!!! Ao sair pela recepção só me deu vontade de voltar para trás e chorar. Mas eu sei que isso ia-te deixar mal. Espero que as minhas preces te ajudem mais. Espero ter-te transmitido força, à vontade, e claro, optimismo suficiente para saberes que isso tiras de letra.
Mãmã, a verdade é que tenho medo...tanto ou mais do que aquilo que sentes!!!! Penso no que sentes! Espero que não te sintas sózinha! Estou contigo...sempre!!!
No telefonema que te fiz há momentos...a tua voz soou-me triste!!! Normal! Também eu estaria! Por isso é que não podia chorar à tua frente...é a minha vez de te dizer FORÇA! É este mais um momento em que posso fazer exactamente o que já fizeste por mim! Mesmo de coração trémulo, com medo, com muito medo mesmo!!!!!!, dar-te a força que precisas e dizer-te que és linda!!!! que suma fortaleza!!! Que te AMO!
Amanhã de manhã sentir-me-às a teu lado! Espero que sintas a minha espera por ti! Vá, vai mesmo tudo correr bem...e sabes porquê? Porque tens-me a mim, tens o R*, tens a M* e a B*...todos à tua espera...e fundamentalmente, tens essa força dentro de ti!!

Beijinho... até manhã Mãmã

Missão Impossivel - Uma peripécia de Natal

Ora este ano o meu Natal foi um tanto ao quanto estranho!
Poderia falar dos presentes, do facto de o meu pai não ter esperado por mim para jantar, ou até de beber ice-tea à beira-rio…irei falar da minha peripécia noctívaga.
Para além de em casa sermos só três, tive a presença nesta noite especial de uma pessoa especial. Uma pessoa com quem já estive imensas vezes, nas mais variadas situações, mas felizmente cada uma continua a parecer-me única! E esta foi de facto. Além de termos estado naquele lugar que nos é muito especial, vivemos mais uma experiência, que eu aliás documentei para eternidade através de um vídeo que se encontra devidamente arquivado. E é exactamente dessa aventura que acabo por retirar uma lição, ou melhor, talvez um bom exemplo daquilo que as pessoas são e que nem na noite de Natal, na noite da paz, da fraternidade e do amor, segundo nomeadamente a religião que tanto apregoam, deixam de praticar…
Deixei eu o meu carro no sitio x e fui dar uma volta. Quando regressei estava um fulano (desculpem, mas não encontro designação melhor para a pessoa em questão) estacionado à minha frente dentro do carro. Aliás, reformulo, estavam lá duas pessoas. Quando estou para entrar no meu carro apercebo-me do carro em questão e rapidamente chego ao seu proprietário. E não é que o fulano em questão se baixa??!!! Pergunto-me para quê?! Acharia ele que não o vi! Tudo bem, sei bem que disfarcei, afinal ele estava acompanhado e não seria eu a criar um situação constrangedora (para ele, refira-se!!).
E este episódio é aqui relatado porquê?? Exactamente pela conclusão referida no primeiro parágrafo! Ou seja, o fulano estacionou ali apenas e só porque queria ver o que é que o meu carro fazia àquela hora, naquele sitio! Mais, só quis no fundo saber com quem é que eu estava! E porquê?! Isso nem me dou ao trabalho de desgastar as teclas para o explicar porque é óbvio! Ou não se desse o caso de passados uns minutos de eu ter saído ele ter igualmente saído….enfim…
Se pelo menos eu não soubesse que já anteriormente andava com imensa curiosidade sobre a minha vida, mas como sei isso e mais umas outras coisas, não me parece que esteja errado o que penso sobre essa pessoa! Este episódio é apenas mais um ponto de confirmação da personalidade do referido fulano.
De salientar que para que ele não tivesse dúvidas que o vi e que sabia que me tinha visto, enviei-lhe um muito sentido “Bom Natal”. (Sim, não sou perfeito, se a ironia é um pecado…ai ai ai)
Enfim, olho e penso nesse fulano e sinto tristeza pela sua pobreza de espírito! Pelo menos naquele dia poderia ter deixado a inveja e a bisbilhotice de lado e aproveitar da melhor maneira a presença da pessoa com quem estava.
Provavelmente sentiu-se realizado e muito feliz por me ter visto (quanta honra!!!) e portanto teve um Natal feliz. Pena ser dessa maneira mas quem sou eu para julgar o que faz ou não uma pessoa feliz!!!!!!!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

pim paum pum

Depois de vários dias em que a vontade de escrever se esbateu numa inércia gritante…cá estou de novo de computador aberto, teclado ligado e com um turbilhão de pensamentos que me invadem a cada dia que passa mais e mais.
Na teoria até nem acho este excesso de pensamentos muito mau. Sempre soube conviver com isso, sempre soube separa-los e junta-los conforme bem entendia! Todavia neste momento parece-me que é exactamente o contrário que sucede! Não consigo separa-los, conjuga-los e adequa-los a cada situação! E porquê?! - pergunto-me eu!
A resposta que depressa me chega é que são pensamentos que nunca tive. Pensamentos positivos e essencialmente negativos. Pensamentos que se apresentam sob diversas formas e que se transformam em testes constantes que me surgem em simples acções, omissões, e até, sob forma de pessoas. Pessoas essas jovens, menos jovens, com estilo ou sem estilo, simpáticas ou mais relutantes, extrovertidas ou mais tímidas. Mas todas elas diferentes e às vezes tão similares.
Neste momento um dos grandes enigmas com que me deparo é perceber porque é que cada vez menos se notam diferenças entre as pessoas. Ou pelo menos, porque é que eu não encontro essas diferenças. Essa similaridade deixa-me confuso, às vezes até chocado ou simplesmente com uma apatia e resignação que me deixam perplexo.
Chego a pensar que isto é um processo normal da minha evolução enquanto ser humano. Assim como fui estabelecendo prioridades, definindo regras e critérios cada vez mais rigorosos e seleccionando nomeadamente os meus amigos, isto pode ser mais um passo em todo o processo.


Mas em contraponto assusta-me pensar que pode não ser isso.